Fonte: http://www.uniblog.com.br/casadopoetaa/ |
A obra Cuidado Silêncios Soltos Prosa-poesia de Mário Jorge de autoria do sergipano Vinícius Dantas, foi publicada pela editora Unicamp, em 1983. A publicação é uma antologia da produção mais significativa do poeta sergipano. Segundo Dantas, “a obra de Mário parece, ao meu ver, estar em todas sem estar em nenhuma”. De acordo com o escritor, Poesia Concreta, Tropicália e Oswald de Andrade são as linhas de força que vincaram a obra de Mário Jorge, sobretudo a partir de Revolição. (DANTAS, Vinicius. Cuidado silêncios sôltos. São Paulo: Editora Unicamp, 1983)
Paisagem urbana
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PALAVRA
FOTO(GRÁFICA)MENTE
CONSUMIDA
ANUN Cia.
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V E N
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“A partir de 1969, sua produção entra em outro ciclo, um dos mais fecundos, no qual são escritos a novela No país dos almargados e os poemas de O marginauta (por sinal, título possível de um livro não escrito).
o marginauta imagina-se
em remotas plagas onde o vento
não habita seu ninho de nuvens
o marginauta fez-se só
e a solidão ácida dos dedos
cruzando-se em mãos alheias
ao chiqueiro do corpo
o marginauta maluco margina
andante duro de mágicas
cansado de sons mágicos
toma a nave e decola
O poeta sergipano Mário Jorge nasceu em Aracaju em 23 de novembro de 1946. Militante do movimento estudantil desde secundarista, ele foi preso em 1968, respondeu a processos por atividades subversivas e foi absolvido em 1972. Em 1966, entrou para a Faculdade de Direito de Sergipe e no ano seguinte se mudou para São Paulo, onde cursou Ciências Sociais. Ele abandonou definitivamente os dois cursos em 1970. Em julho de 1968, lançou em Aracaju a obra Revolição. Ele também publicou poemas e artigos em jornais e revistas sergipanas. Teve experiências no cinema, com o Super-8, participou de festival de música e colaborou com peças de teatro e shows. Foi também editor do Jornal Toke. Mário Jorge morreu em um acidente de automóvel no dia 11 de janeiro de 1973. (DANTAS, Vinicius. Cuidado silêncios sôltos. São Paulo: Editora Unicamp, 1983)