A poesia concreta foi lançada oficialmente em 1956, com a Exposição Nacional da Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os três poetas – Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos, que iniciaram as experiências concretistas estavam juntos desde 1952, quando foi publicada a revista-livro “Noigandres”. Além deles, também integraram a corrente concretista José Lino Grunewald, Ronaldo Azeredo, Edgar Braga e Pedro Xisto. Além de poetas que cultivavam o tradicional verso discursivo, a exemplo de Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, José Paulo Paes e Cassiano Ricardo.
É neste contexto que devemos pensar a questão da arte eletrônica ou digital, pois ela vai aceitar e explorar a desmaterialização por qual passa e se fundamenta a civilização do virtual. A arte eletrônica contemporânea toca o cerne desta civilização: a desmaterialização do mundo pelas tecnologias do virtual, a interatividade e as possibilidades hipertextuais, a circulação (virótica) de informações por redes planetárias. [ANDRÉ LEMOS]
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