quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MÁRIO JORGE E OS SILÊNCIOS SOLTOS


Fonte: http://www.uniblog.com.br/casadopoetaa/
                                                         

A obra Cuidado Silêncios Soltos Prosa-poesia de Mário Jorge de autoria do sergipano Vinícius Dantas, foi publicada pela editora Unicamp, em 1983. A publicação é uma antologia da produção mais significativa do poeta sergipano. Segundo Dantas, “a obra de Mário parece, ao meu ver, estar em todas sem estar em nenhuma”.  De acordo com o escritor, Poesia Concreta, Tropicália e Oswald de Andrade são as linhas de força que vincaram a obra de Mário Jorge, sobretudo a partir de Revolição. (DANTAS, Vinicius. Cuidado silêncios sôltos. São Paulo: Editora Unicamp, 1983)


Paisagem urbana

A
PALAVRA
FOTO(GRÁFICA)MENTE
CONSUMIDA


ANUN  Cia.

      a
                                              V E N
                                           D I
                                              D
                                              A


“A partir de 1969, sua produção entra em outro ciclo, um dos mais fecundos, no qual são escritos a novela No país dos almargados e os poemas de O marginauta (por sinal, título possível de um livro não escrito).


                                                               o marginauta imagina-se
                                                               em remotas plagas onde o vento
                                                               não habita seu ninho de nuvens

                                                                                              o marginauta fez-se só
                                                                                              e a solidão ácida dos dedos
                                                                                              cruzando-se em mãos alheias
                                                                                              ao chiqueiro do corpo

                                                               o marginauta maluco margina
                                                               andante duro de mágicas
                                                               cansado de sons mágicos
                                                               toma a nave e decola
                                                                                                             

                                                                           
                              
O poeta sergipano Mário Jorge nasceu em Aracaju em 23 de novembro de 1946. Militante do movimento estudantil desde secundarista, ele foi preso em 1968, respondeu a processos por atividades subversivas e foi absolvido em 1972. Em 1966, entrou para a Faculdade de Direito de Sergipe e no ano seguinte se mudou para São Paulo, onde cursou Ciências Sociais. Ele abandonou definitivamente os dois cursos em 1970. Em julho de 1968, lançou em Aracaju a obra Revolição. Ele também publicou poemas e artigos em jornais e revistas sergipanas. Teve experiências no cinema, com o Super-8, participou de festival de música e colaborou com peças de teatro e shows. Foi também editor do Jornal Toke. Mário Jorge morreu em um acidente de automóvel no dia 11 de janeiro de 1973. (DANTAS, Vinicius. Cuidado silêncios sôltos. São Paulo: Editora Unicamp, 1983)


                                                                      



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Fronteiras e Internet

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O final do século XX ficou marcado pela aceleração do processo de globalização que vem derrubando fronteiras nos vários campos do universo de conhecimento cultural, social e histórico. A chamada globalização tem sido elemento de amplos estudos e discussões enfatizando múltiplos fatores e manifestando várias tendências, como a divulgação rápida de informações. Uma das marcas da globalização é a velocidade com que evolui a tecnologia. O desenvolvimento e a utilização da Internet produziram uma rede mundial de usuários com uma linguagem própria repleta de termos típicos. Desse modo, eles trocam, armazenam e obtêm informações globalizadas.

Dentro desta perspectiva, tratando-se da aquisição rápida da informação, a Internet dispõe de um recurso democrático que são os chamados links, isto é, uma palavra, texto, expressão ou imagem que permite o acesso imediato à outra parte de um mesmo, ou outro documento ou site, bastando ser acionado pelo ponteiro do mouse. Num hipertexto, um link, na forma de palavra ou expressão, vem sublinhado ou grafado em cor distinta da utilizada para o resto do texto.
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HIBRIDISMO DIGITAL

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As mídias digitais com suas formas de multimídia interativa estão sendo celebradas por sua capacidade de gerar sentidos voláteis e polissêmicos que envolvem a participação ativa do usuário. As duas bases principais para isso estão na convergência de mídias anteriormente separadas e na relação interativa entre o usuário e o texto híbrido que este ajuda a construir.

(Lúcia Santaella, Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura, 2003, p.146)
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Vanguarda pós-moderna: uma contradição


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No cenário pós-moderno do presente, falar de uma vanguarda não faz sentido. Um artista ou outro pode agora assumir uma atitude recordada dos tempos do Sturm und Drang da alta modernidade – mas, sob as circunstâncias presentes, isso seria mais uma pose do que uma posição. Despido da significação do passado, não predizendo nada e não impondo nenhuma obrigação – um símbolo mais de bravata do que de rebeldia, e certamente não de fortaleza espiritual. A expressão vanguarda pós-moderna é uma contradição em termos. (Zygmunt Bauman, O mal-estar da pós-modernidade, 1998, p. 127)
 
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ANDRÉ VALLIAS



O poeta contemporâneo André Vallias publica na Cibercultura. Ele se dedica a produzir à poesia adequada as novas tecnologias, denominada poesia audiovisual, que se utiliza de elementos expressivos como imagens, sons, movimento, leituras-não lineares e a desestrutura do verso. Poeta visual, produtor de mídia interativa, foi influenciado por Augusto de Campos e Omar Guedes, em 1985, quando começou a produzir poemas visuais. Em 1992, organizou com auxílio de Friedrich W. Block, a mostra internacional de poesia feita em computador. Vive atualmente no Rio de Janeiro, onde dirige a produtora de mídia interativa Refazenda, responsável pela criação de sites sofisticados para os segmentos de cultura e entretenimento, como os de Gilberto Gil e Caetano Veloso.


TRAÇOS MARCANTES DA POESIA CONCRETA



A poesia concreta tem como um dos traços marcantes, o fato de mexer com o leitor, exigindo dele uma participação ativa, uma vez que o poema concreto permite uma leitura múltipla. Dessa forma, o poema constitui um desafio e o leitor transforma-se em co-autor.

CARACTERÍSTICAS DA POESIA CONCRETA



Abolição do verso; aproveitamento do espaço; exploração do significante; composição e montagem das palavras, rejeição do lirismo e do tema; e possibilidades de leituras múltiplas. Muitos poemas oferecem, além da leitura linear, possibilidade de leitura vertical e até diagonal.

POESIA CONCRETA



A poesia concreta foi lançada oficialmente em 1956, com a Exposição Nacional da Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os três poetas – Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos, que iniciaram as experiências concretistas estavam juntos desde 1952, quando foi publicada a revista-livro “Noigandres”. Além deles, também integraram a corrente concretista José Lino Grunewald, Ronaldo Azeredo, Edgar Braga e Pedro Xisto. Além de poetas que cultivavam o tradicional verso discursivo, a exemplo de Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, José Paulo Paes e Cassiano Ricardo.

domingo, 14 de novembro de 2010

Cibercultura É:

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Um gênero canônico do mundo virtual, voltado para o conceito mais geral de uma reserva digital de virtualidades sensoriais e informacionais que só se atualizam na interação com os seres humanos, o que favorece para um meio coletivo e enriquecedor, sendo reconhecido como um lugar de encontro e um meio de comunicação entre seus participantes que fazem parte desse mundo virtual fornece ao artista as virtualidades, cria espaços próprios para a comunicação, organizando coletivamente os equipamentos da cognição e da memória, na construção da interação sensório-motora direcionado ao universo dos dados.(Pierre Lévy, Cibercultura, 1999, p. 119)
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PIGNATARI










Em "beba coca cola", Pignatari parte de um slogan de propaganda e processa uma desconstrução e reconstrução das palavras, que vão desaguar em "cloaca".
UMA CRÍTICA SOCIAL!